É possível produzir sem agredir e alimentar sem devastar. A natureza tem as respostas que procuramos, o nosso papel é encontrá-las.

BIODEGRADÁVEL UM PLÁSTICO DE ORIGEM VEGETAL

BIODEGRADÁVEL
UM PLÁSTICO DE ORIGEM VEGETAL

Não era a primeira vez que eu ouvia falar no assunto, mas desta vez foi diferente. Com a caneta na mão, um pequeno empresário que visitei há alguns dias me falou: “esta caneta é feita de um composto derivado do milho”. Eu,obviamente muito curioso, peguei a caneta e olhei por todos os ângulos, medindo todos os detalhes. Na verdade não tinha muita coisa pra ver. Era aparentemente um material mais leve que o plástico comum. “Se dispensada no meio ambiente, em seis meses esta caneta estará decomposta.” complementou Sr. Paulo, Diretor da empresa Engemolde, localizada na zona Sul da cidade de São Paulo. Eu estava realmente impressionado. Segurando um produto que na minha concepção ainda era teoria, e que obviamente, demoraria alguns anos para chegar aqui no Brasil. Percebendo o meu entusiasmo ele continuou “...trata-se de um projeto que estamos fazendo em parceria com uma empresa de brindes. Eles nos contrataram para desenvolver o produto e estamos em fase de testes. Nos próximos dias estaremos soltando um lote maior, já com alguns ajustes”. Tínhamos outros assuntos para tratar, então não durou muito a nossa conversa, mas a orientação que recebi naqueles minutos foi suficiente para ir um pouco além. Peguei o nome de algumas empresas e mais algumas novidades que ajudaram a direcionar esta pesquisa que estarei apresentando nas próximas linhas.

      O componente se chama PLA Trata-se de um polímero derivado da palha do milho e se baseia na fermentação e destilação do milho. E além de biodegradável, e de não consumir um recurso fóssil, o processo de produção do PLA consome até 50% menos combustível do que na produção de polímeros convencionais.

      Ao redor do planeta o plástico já é utilizado em diversas aplicações como potes diversos, embalagens de alimentos, filmes ou garrafas em muitos casos com vantagens de aplicação sob o plástico convencional. Por exemplo, garrafas produzidas a partir do PLA suportam temperatura inferior as garrafas produzidas a partir do PET. Algumas indústrias no ramo alimentício já aproveitaram a onda e lançaram seus produtos com o seguinte apelo “produto natural, em embalagem natural”.
      Encontrei algumas empresas que lideram pesquisa e produção destes compostos. São elas Metalibox, Cereplast, Nature Works (Cargil), e Purac. São empresas engajadas em pesquisa e desenvolvimento de “ecoprodutos”, além de tudo, competitivos. Por enquanto o custo da matéria-prima ainda é alto, resultando na fabricação de um produto diferenciado, atingindo ainda um publico mais seleto, aquele que esta disposto a pagar um pouco a mais em prol do planeta. Mas a evolução é impressionante. O aumento na escala da matéria prima aos poucos está permitindo a popularização de produtos que levam o plástico derivado do milho, a exemplo da margarina Cylus ou da lapiseira Pappermate® Biodegradable.
      A Novamount, empresa italiana, trás uma proposta diferenciada. Além de desenvolver compostos para a produção de plásticos biodegradáveis, a proposta da empresa é criar soluções junto aos seus clientes, como o case da Goodyear apresentado no site que trás benefícios como a redução de poluentes e a redução do consumo de borracha derivada do petróleo.
      E não pára por aí! Duas novas descobertas também prometem mexer com o setor de plásticos, são as resinas derivadas da cana de açúcar e da alga marinha, sem dúvida assuntos para novos artigos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Escreva aqui o seu comentário