É possível produzir sem agredir e alimentar sem devastar. A natureza tem as respostas que procuramos, o nosso papel é encontrá-las.

SERVIÇOS EM PROL DO PLANETA

SERVIÇOS EM PROL DO
PLANETA

No artigo anterior apresentamos o FSC como um modelo de excelência. Por trás do Conselho existe uma entidade reguladora e certificadora que não só institui as técnicas de manejo de florestas, mas principalmente a sua preservação. As florestas são responsáveis pela purificação do ar na Atmosfera e civilizações passadas destruíram grande parte das florestas ao redor no planeta. No Brasil, por exemplo, o que sobrou de toda a extensão da Mata Atlântica é próximo dos 7%. A Mata Atlântica originalmente ocupava toda a faixa litorânea, espaço hoje ocupado pela maior parte das regiões metropolitanas do país, locais estes que atingiram alta densidade populacional, o que pouco a pouco resultou na devastação quase que total da mata.
      O FSC disponibiliza um método regulador que atinge toda a indústria extrativista. Por mais que eu, particularmente, julgue as premissas do FSC flexíveis em excesso, trata-se de um bom começo e uma ótima referência, e o mais importante, já esta bem evoluído em nosso país. A principal idéia é ilustrar que qualquer setor da economia possui sua parcela de responsabilidade com o meio ambiente desde a compra de insumos, momento em que se avalia a procedência, seguindo por todo o processo operacional de entrega de serviço ou transformação de insumos em produtos, envolvendo a destinação de sobras ou resíduos. E por ultimo responsabilidades com o “output”, no serviço ou produto final. Toda empresa deve se perguntar: o que acontecerá quando este produto ficar obsoleto? Será descartado? Poderá ser reciclado ou reutilizado? O quanto isso agride o meio ambiente?
     Tomamos como exemplo o setor de eletrônicos. Se existisse um órgão certificador para fornecedores de aparelhos celulares um dos critérios para obter a certificação seria a captação e endereçamento de pilhas e baterias no equivalente a, por exemplo, 90% do total colocado no mercado. Se uma indústria de metais pesados precisa, durante o processo de transformação, submeter minérios a alta temperatura e requer a queima de algum combustível que emita gases na atmosfera, a obtenção do certificado exigirá, por exemplo, a contenção de 70% dos gases emitidos, além disso, esta mineradora poderá manter uma área de preservação, como um parque ou floresta virgem, equivalente ao necessário para compensar o dano causado ao meio ambiente.
      Seria papel do governo incentivar entidades certificadoras. Assim como foi exigido em 2010 para que as empresas se adéqüem ao modelo de Nota Fiscal Eletrônica ou SPED, o governo poderá também instituir prazos para a adequação aos modelos instituídos.
      Pesquisando na web encontrei alguns projetos interessantes. Na Europa o EMAS - Eco-Managemente and Audit Scheme ou o instituro IEMA. Nos estados unidos a EPA - Agencia de Proteção ao Meio Ambiente dos Estados Unidos. E uma terceira entidade influente sediada no Reino Unido a Envirowise, que além de oferecer um rico acervo na Internet, presta serviços a comunidade a baixo ou sem qualquer custo. Os três websites são ricos em informação e modelos de proteção ao meio ambiente. Trataremos em detalhes cada entidade nos próximos meses. Para quem estiver interessando, enquanto isso, acesse pelos links disponibilizados acima ou na área de Sites Recomendados na barra lateral do blog.

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