É possível produzir sem agredir e alimentar sem devastar. A natureza tem as respostas que procuramos, o nosso papel é encontrá-las.

O NEGÓCIO QUE VEIO DO LIXO

O NEGÓCIO QUE VEIO DO LIXO
ENTENDA COMO O A RECICLAGEM IRÁ COMPOR A CADEIA DE SUPRIMENTOS NOS PRÓXIMOS ANOS.


Quase tudo o que consumimos gera lixo, sejam produtos perecíveis, sejam bens de consumo. O sistema de coleta para o lixo de alimentos e bebidas é disponibilizado pelas grandes redes de supermercados e algumas prefeituras municipais. Este lixo diário que geramos representa o maior volume de todo o lixo, e é composto basicamente por plásticos, metais, papéis e lixo orgânico. Com o sistema de coleta praticamente montado, falta ainda consciência do consumidor final, falta informação na ponta. Mas quem leva esta informação para o consumidor? Não se trata de um serviço adicional ligado a indústria? O que as pessoas não entenderam ainda é que a a destinação dos despejos é um pedaço do processo produtivo. Mas não basta a consciência das pessoas para impulsionar ações positivas, a final não é de cultura apenas que vive uma economia. Tudo começa quando alguém vislumbra um novo negócio, uma forma de aproveitar uma sucata qualquer e, além de recolher o que seria despejado no meio ambiente, descobre uma forma de transformar aquela sucata em dinheiro.

BIODEGRADÁVEL UM PLÁSTICO DE ORIGEM VEGETAL

BIODEGRADÁVEL
UM PLÁSTICO DE ORIGEM VEGETAL

Não era a primeira vez que eu ouvia falar no assunto, mas desta vez foi diferente. Com a caneta na mão, um pequeno empresário que visitei há alguns dias me falou: “esta caneta é feita de um composto derivado do milho”. Eu,obviamente muito curioso, peguei a caneta e olhei por todos os ângulos, medindo todos os detalhes. Na verdade não tinha muita coisa pra ver. Era aparentemente um material mais leve que o plástico comum. “Se dispensada no meio ambiente, em seis meses esta caneta estará decomposta.” complementou Sr. Paulo, Diretor da empresa Engemolde, localizada na zona Sul da cidade de São Paulo. Eu estava realmente impressionado. Segurando um produto que na minha concepção ainda era teoria, e que obviamente, demoraria alguns anos para chegar aqui no Brasil. Percebendo o meu entusiasmo ele continuou “...trata-se de um projeto que estamos fazendo em parceria com uma empresa de brindes. Eles nos contrataram para desenvolver o produto e estamos em fase de testes. Nos próximos dias estaremos soltando um lote maior, já com alguns ajustes”. Tínhamos outros assuntos para tratar, então não durou muito a nossa conversa, mas a orientação que recebi naqueles minutos foi suficiente para ir um pouco além. Peguei o nome de algumas empresas e mais algumas novidades que ajudaram a direcionar esta pesquisa que estarei apresentando nas próximas linhas.